Os 35 policiais militares que atuaram em missões no Rio Grande do Sul foram homenageados no quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), nesta quarta-feira (5).
A equipe atuou em operações de busca e salvamento, manutenção da ordem pública e combate ao crime em regiões afetadas por calamidades naturais no Rio Grande do Sul.
O objetivo da solenidade foi celebrar e reconhecer o esforço e o compromisso das tropas que atuaram em duas frentes, tanto em missões humanitárias, como de cooperação com a Brigada Militar do Rio Grande do Sul, no reforço da segurança.
A missão teve início no dia 14 de maio, a força-tarefa envolveu 35 policiais militares, incluindo integrantes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Patrulhamento Tático Móvel (PATAMO), do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), Batalhão de Aviação Operacional (BAVOP) e do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães), dois cães (K9), nove viaturas, duas lanchas e um helicóptero.
A vice-governadora Celina Leão estava presente no evento e agradeceu o trabalho de todos os militares e falou sobre a sua admiração pela PMDF
“O que a gente tem mais orgulho é da gente ser a melhor segurança pública do Brasil e vamos continuar sendo. Eu acho que o mais bonito que um policial pode fazer é salvar as vidas”.
A Comandante-geral da PMDF, Coronel Ana Paula, ressaltou o orgulho da corporação pelos serviços prestados pelos policiais em apoio à população gaúcha. E destacou que eles foram combativos, corajosos e responsáveis.
“Os heróis de hoje merecem todas as homenagens. Em nome do Coronel Melo, eu cumprimento afetivamente cada um dos senhores aqui presentes, com todo meu respeito”.
Durante a fala, Ana Paula contou a conversa que teve com o governador Ibaneis Rocha, em que ele questionou sobre o que poderia ser feito em prol dos gaúchos, além da arrecadação de donativos.
De acordo com ela, ao conversar com o Coronel Wesley Santos foi decidido que seria enviado para o Rio Grande do Sul um helicóptero no outro dia.
“Como assim amanhã? Mas e aí e a tropa? Eles dão conta? A missão é diferente, a gente nunca viu essa missão. Mas quando ele falou, que estávamos falando do pessoal treinado, que treinou na PMDF, eu não tive nenhuma dúvida de que eles cumpririam a missão”.
O Tenente-coronel Carlos Reis, do BPCães, ficou 20 dias em missão no Rio Grande do Sul e destacou que mesmo tendo acompanhado a situação pela imprensa, quando chegou ao local, percebeu que a situação era muito mais complicada e triste do que tinha imaginado.
“Uma coisa muito interessante lá é que a Brigada Militar precisava muito mais de ajuda humanitária, do que de polícia. Começamos a fazer policiamento dentro dos abrigos com os cães, para que eles fizessem uma interação com as crianças para diminuir o impacto da tragédia”.
Reis ressaltou que a doação de comidas também foi feita e que muitas pessoas foram ajudadas. “Foi muito legal, a gente ajudou muita gente”.
Ao ser questionado se ele retornou sendo o mesmo, o policial foi enfático em dizer que não.
“Não, de jeito nenhum. A gente viu muita coisa triste lá. É difícil até de falar assim, teve momentos que policiais se afastaram para chorar. A lição que fica é que a gente briga demais por besteira, por ter as coisas e a vida é mais importante que tudo”.
O Major Vilner, piloto de helicóptero do BAVOP esteve auxiliando nos resgates em Porto Alegre, e falou que atuou no resgate de pessoas e animais.
O policial também falou sobre o cenário devastador que encontrou ao chegar lá.
“Uma experiência que vai ficar marcada pelo resto da vida. Eu não sou o mesmo depois dessa missão. O que mais me impressionou foi a humanidade de todos. As pessoas estavam se esforçando para ajudar umas as outras. O poder da solidariedade me marcou”
O Sargento Damasceno do PATAMO falou que a ida para o Rio Grande do Sul lhe trouxe um grande sentimento de gratidão pela vida.
“A experiência é inesquecível, uma experiência trágica, impactante, mas a gente aprende a dar mais valor em pequenas coisas. Quando a gente vê irmãos nossos, policiais, pessoas que perderam casas, bens, e até pessoas no alagamento. Eu voltei pra casa assim, eu dei um abraço muito forte na minha esposa, nos meus filhos. A gente tem o privilégio de morar em um lugar em que não ocorre esse tipo de calamidade. A minha ida para lá me fez dar mais valor a tudo que tenho”.
A CABE também parabeniza a ação de todos esse guerreiros que levaram com honra o nome da Polícia Militar do Distrito Federal para o Rio Grande do Sul, e por meio de seus atos, demonstraram o glorioso trabalho de nossos policiais militares.
Comments